terça-feira, 21 de abril de 2009


O protagonista apanhara chuva, chega querendo uma bebida quente. Os chás acabaram. Não tem açúcar para pôr no leite morno que esquenta - tem que apelar para o café, que puro seria agressivo para a garganta irritada e seca. O escritor também não gosta da mistura. No terceiro ou quarto gole o estômago já começa a estranhar, mas vai até o fim. Assim vai me faltar assunto para os poemas, comenta de si para si.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Mira-se no espelho como antigamente. Levantara há pouco, não sabe bem o que procura o protagonista. Entretém-se com qualquer aspecto do próprio rosto - apesar de negar, ele sabe que se afogaria junto com Narciso. A claridade na parede do velho banheiro aumenta, o vão da porta se estreita e o personagem principal percebe a prisão doméstica que o escritor lhe idealiza.