O personagem principal tem a seu lado um papel onde se
O bar era um bar simples, perto do metrô, provavelmente cheirando não tão mal quanto o quiosque de cachorro-quente meia quadra abaixo. Estava atravessando a rua quando ouviu os acordes, em amplitude diversa da habitual - era som ao vivo.
A canção bastante conhecida de uma cavalgada noturna. O cantor que empunhava o violão talvez tenha sentido um nó na garganta, ou apenas esquecera a letra no justo instante em que nosso protagonista por ali passava. O fato é que silenciou quando os versos que viriam seriam da mulher os versos - mulher pela qual o personagem principal já qualquer coisa.
Agora, na maciez etílica de uma madrugada vindoura, gosta da recordação antes soviética que tem sobre o peito, e sabe que outra vez pisará aquelas pedras russas. Onde num ameno crepúsculo de verão viu a si mesmo refletido numa umidade que nem sabe mais se era do verso do olho, do chão ou da névoa inexistente que sentia estar sobre o escritor que, silencioso e ausente, o acompanhava.