domingo, 15 de julho de 2007

Algum horário qualquer, de madrugada. Um limbo onde todos e cada um sobrevivem, emergindo ou submergindo para seu breu particular. Alguns, começando o serviço. Outras e outros, em final de expediente. Uma puta, já sabedora das notícias de seus clientes, ainda está lá, firme na rua da espera pelo último lucro que lhe virá do meio das pernas. Mas ouve o que lhe relata o homem das novidades. O jornaleiro atrasa a entrega para seu téte-a-téte quase matinal com a prostituta conhecida sua. Ambos, solidão compartilhada, antes de mais um amanhecer sombrio.